The point of no return, no going back now...

2019 estava indo tão bem que eu estava até estranhando. Eu estava tão em paz. Tão calma. Tão feliz. Não sei muito bem para onde foi tudo isso, pois nesses dois últimos dias eu estou um pouco cansada. Introspectiva. Brava. Chateada. Cansada de decepções. Cansada para argumentar. Só tenho escutado e fingido demência para as coisas que eu não posso mudar...

Confesso que estou um pouco melancólica e nostálgica. Hoje, me peguei perdida em pensamentos ao olhar uma pequena margarida. Não sei o motivo pelo qual ela me deixou tão desestabilizada, mas me deu uma saudade tão grande de algumas coisas. Fiquei triste também. Lembrei daquela margarida branca. Lembro da minha felicidade quando eu a recebi. Minha alma estava em paz. E hoje, nada. Sem margaridas. Sem conversas. Apenas silêncio. Apenas ausência. Apenas raiva contida. Apenas tristeza e choro as vezes (ainda bem que as vezes reduziram muito). 

A terapia tem me feito muito bem. Tenho me sentido muito mais leve. É bom ter alguém pra dividir e contar um pouco do que acontece durante a vida. É legal ter alguém que investigue tudo aquilo com você. Que tenta te entender e que realmente se importa com o que você está sentindo. É tão raro achar isso hoje em dia... Alguém que te entenda com uma conexão grande; alguém que se preocupe com você, e eu digo se preocupe no sentido real da palavra, não só pelo interesse do que você pode fazer por ela. Isso é o que me deixa mais em choque quando eu penso em que eu não tenho ninguém...

É bom ser sozinha, mas as vezes é muito complicado. Querendo ou não, sempre tem aquele buraquinho faltando. Sempre tem aquela peça que falta, e as vezes dá uma vontade doida de ter alguém pra abraçar e ficar quietinha do lado, sem falar nada. Só sentir a presença da pessoa ali, ao seu lado. 

Por que é tão complicado encontrar alguém assim? Por que eu não posso simplesmente aceitar qualquer um e tentar ser feliz? Não. Eu não consigo me contentar com qualquer pessoa. Não tem ninguém que me faça sentir especial da forma que eu preciso sentir. Como pode? Logo eu, que sempre fiz e faço de tudo pra ser a pessoa mais agradável pra todo mundo ao redor. Não é possível que eu não encontre alguém legal também. Alguém sincero. Alguém interessado em construir uma relação sólida, baseada em confiança e amor. 

Eu não consigo, de forma alguma, entender como podem existir tantos casais juntos apenas pelo comodismo. Como? Como vocês se sujeitam a isso? Como vocês deixam o parceiro de vocês com essa migalha? Eu sei que não está (e realmente não está) fácil encontrar alguém que preste no mundo, mas eu não consigo viver essa mentira. Não me julguem se eu estiver aumentando o problema. Pra mim isso não deixa de ser uma mentira. A partir do momento em que você está em um relacionamento com alguém e tem vontade de ficar com uma pessoa totalmente aleatória, me desculpe, mas você está se permitindo viver uma mentira. E pra que? Pra ter certeza de que vocês não se amam? Pra depois terminar e voltar durante 10 anos? Pra aceitar ficar com uma pessoa só porque ela é boazinha? Pra não terminar porque ela sempre volta chorando pra você?

Eu respiro fundo e guardo todas essas informações no fundo da minha caixinha, trancada com várias chaves. Suspiro e finjo que não vejo. Não tem nada a ver comigo. Eu estou fora e não posso opinar, mas isso ainda me deixa extremamente triste e sem perspectiva de ver um futuro melhor com alguém. Parece que são todos iguais. Todos exatamente iguais. Por mais que eles digam que não. Por mais que mintam tão bem.

A verdade é que só somos importantes pros outros quando podemos oferecer alguma coisa. A partir do momento em que você não pode mais oferecer nada, você não é mais necessária. Simplesmente é descartada como se não houvesse nunca existido. Saudade? Isso não existe para esses tipos de pessoas. Só existe pra mim, que fico aqui me remoendo, as vezes, por tudo que poderia ter sido e não foi. Por tudo que poderia ter sido evitado e que mesmo assim aconteceu. E ainda fico chocada quando vejo o que acontece com quem está ao redor. Todos estão bem. Todos estão felizes. Todos acham que tudo está normal e que tudo está certo. Como? Não é possível que ninguém enxergue a verdade. Não é possível que as pessoas mintam tão bem. Será que ninguém percebe a realidade por trás de todas as máscaras? 

Preciso aprender a não deixar que as coisas me afetem tanto. Que as mentiras tenham um peso tão grande assim pra mim. Preciso aprender a jogar no mesmo time, apesar de ter nojo desse tipo de gente. É isso que me deixa tão estranha e cansada. Não consigo me relacionar com um tipo de pessoa que não é o que eu sou. Eu jamais seria capaz de fazer a maioria das coisas que essas pessoas fazem e que acham normal. Pra mim, é a maior bizarrice da vida inteira. Sinto orgulho por pelo menos não querer ser igual a essas pessoas.Já é um bom começo né?

Eu te busquei, mas não vi teu rosto não...

Ai, amor
Será que tu divide a dor
Do teu peito cansado
Com alguém que não vai te sarar?

Os dias tem sido incríveis, sabia? É uma sensação tão boa crescer, aprender e viver coisas novas. Riscar os itens cumpridos da listinha de metas de 2018. Alguns nem estavam na lista, mas aproveitaram e foram cumpridos também! 

Tenho feito muitas coisas diferentes. Tenho vivido muitas novas sensações e experiências. Tenho me orgulhado de mim mesma. Principalmente por ser forte e aguentar toda a barra sozinha. Principalmente por não te incluir mais na minha vida. Principalmente por não chorar mais. Por saber ser inteira, apesar da saudade de ter alguém que bate as vezes (muitas vezes). 

Ao meu redor tem um milhão de pessoas boas, de ótimo coração, que me fazem feliz, que me oferecem seus melhores carinhos e seus melhores momentos. Que contam comigo e que deixam muito claro que eu posso contar com elas também. Isso me traz uma paz tão grande. Uma sensação tão grande de não estar sozinha nesse mundo gigante e louco e frio e insensato na maioria das vezes.

Muitas vezes eu sinto falta de compartilhar tudo isso com alguém um pouco mais íntimo. Com alguém que me entendesse. Com alguém que se importasse e se orgulhasse de mim. Sei que em algum tempo da vida eu vou achar isso. Essa pessoa que se encaixe em mim. Que tenha orgulho dos meus esforços e que me faça me esforçar ainda mais, buscando sempre a felicidade e que não me deixe fraquejar quando eu só quiser mesmo dormir e ficar quietinha no meu mundo...

Queria alguém me completasse. Que me fizesse inteira. Que me fizesse sorrir. Que fosse meu último pensamento ao dormir e meu primeiro pensamento ao acordar. Que fosse presente. Que fosse incrível. Que fosse verdadeiro. Que fosse fluido. Que fosse real. Que me satisfizesse. 

A verdade é que eu acho que já me machuquei tanto que eu tenho medo de começar todo o processo de novo. De me aproximar de alguém de novo com o coração aberto a novas possibilidades de amor. Medo. Medo de me machucar de novo. De gostar de novo. De amar de novo. De incluir outra pessoa na minha vida. De dividir minha vida com alguém. 

Medo de não achar alguém me complete. Medo de ficar com alguém só pra não ficar sozinha. Medo de gostar sozinha. Medo de ser sempre uma pessoa sozinha no mundo...

Sometimes when I look into you eyes I pretend you're mine, all the damn time...

Eu sempre tive (e tenho) problemas pra lidar com algumas coisas. De longe, a principal coisa que eu tenho mais dificuldade é: me afastar de pessoas que me fazem mal/bem ao mesmo tempo. Eu não pensava que isso pudesse ser possível, mas, eu juro que sim: É POSSÍVEL! 
Antes que isso fique mais confuso, vou explicar o meu ponto de vista: 
Eu separo as pessoas em alguns mega grupos de classificação. O primeiro deles é a diferenciação entre uma boa e uma má pessoa. Nessa mega grupo, a classificação é muito rápida e prática: pessoas más são aquelas que não tem os mesmos princípios e as mesmas crenças que eu tenho: pessoas que roubam, que matam, que semeiam o mal, que traem... Qualquer pessoa que não faça nada do que está listado ai em cima, se classifica automaticamente no grupo "boa pessoa". Com as pessoas que estão no grupo "mal", a tratativa é bem fácil: excluí-las da minha vida. Porta fechada!
Dentro de pessoas "boas", começam as sub-divisões: pessoas boas que as vezes pisam na bola, pessoas boas que as vezes não podemos contar/confiar, pessoas boas que as vezes não temos contato/intimidade... mas, não venham pensando que tudo é somente visto do lado negativo. Existem dentro desse grupo aquelas pessoas boas que nos suportam, que nos entendem, que nos ajudam a ser melhores, que nos inspiram... E é ai que mora o problema:
As vezes temos essas pessoas em tão boa conta com a gente que não enxergamos os pequenos "atos maus" que elas fazem. Parece que nossos olhos se blindam e simplesmente não querem enxergar que essas pessoas não são perfeitas, que elas também tem inseguranças, medos, falta de resoluções na vida.... É nesse momento que a expectativa fala mais alto e as decepções acontecem. 
Eu, intensa do jeito que sou, não sei sentir pela metade. Tudo eu sinto muito: muita alegria ou muita tristeza. Não existe o meio termo. Quando é pro bem, ótimo. A alegria transborda e saímos cantarolando pelos cantos. O problema é quando é pro mal. Quando a tristeza e o desespero batem e parece que nada vai dar certo nunca mais. Que nunca vai aparecer alguém legal que me transborde novamente. Quando a vida fica estranha e parece que falta um pedaço. As vezes, fingir que está tudo bem pesa. Dá vontade de sair correndo e desabafar com alguém, mas a gente segura. Segura. Segura. Segura. E segura de novo. A gente repete que a vida está completa e que nada nos falta. Que estamos sempre felizes. Que não existem dias ruins e que mais cedo ou mais tarde essa coisa ruim vai passar.
O problema é que ela passa e volta. O problema é que ela aparece quando as cicatrizes estão quase curadas. O problema é que ela anda no mesmo corredor e as vezes trombamos com ela sem querer. Sei que temos que aceitar nossa derrota e entender que tem coisas que não são para darem certo. O que me deixa mais brava são as pessoas brincando com os sentimentos alheios, como se não passássemos de um saco de papel inanimado, sem força de vontade, sem desejos, sem expectativas. TEMOS EXPECTATIVAS SIM! E, me desculpe, mas se você não pode, ou não quer atender à essas expectativas, vá embora. Vá embora sem olhar pra trás. Sem parar no corredor com sorrisos fofinhos como se isso fosse curar todos os males do mundo. Sem mandar mensagens de madrugada. Sem ligar no domingo a noite. Sem estacionar o carro na esquina de casa e me perguntar se eu tenho dois minutos. 
Não vejo a hora que a chavinha vire novamente e que toda essa nhaca passe. E, agora, finalmente, entendemos que não tem nada disso de voltar atrás. Acabou. Ok. Acabou. Se for pra voltar, que volte direito. Na verdade, mesmo que for direito, é melhor nem voltar. Fique longe mesmo. Já está mais do que muito provado que não temos nada a ver um com o outro e que nunca daríamos certo juntos....


Hapiness is only real when shared...

Geralmente eu escrevo aqui quando estou triste e deprimida, mas hoje estou me sentindo tão feliz e tão leve que estou passando por aqui também. Temos que valorizar as pequenas coisas boas da vida né? Não podemos focar apenas nas coisas ruins e esquecer dos pequenos milagres que nos acontecem diariamente...
O motivo dessa felicidade toda? Nenhum específico. Só tem dias em que acordamos bem e felizes, com aquela vontade de colocar a nossa roupa mais florida e sair por ai espalhando sorrisos e "bom dias" mesmo sem receber nenhum em troca...  É só aquela sensação de paz interior e de satisfação, aquela percepção de que tudo tem seu tempo e que não adianta forçarmos nada....

Ultimamente, tenho entendido que nosso tempo é precioso demais, mas que também temos que respeitá-lo quando ele nos diz que precisamos ter calma e tirarmos um tempinho pra nós mesmos. E não tem nada de errado nisso. Não tem problema nenhum em querer ficar quietinho, se entendendo e traçando rotas e metas para um futuro próximo. Ou pra um futuro distante. Ou simplesmente não traçar meta nenhuma e deixar que a vida nos surpreenda.
Entendi também que não precisamos de alguém do nosso lado pra nos sentirmos completos. Amigos conseguem nos fazer tão bem quanto qualquer outro tipo de relacionamento. Afinal, não nascemos grudados nem prometidos pra ninguém, não é mesmo?
E melhor do que tudo isso, entendi que não é errado nos entregarmos de corpo e alma pra alguém, mesmo que isso não tenha funcionado tão bem assim.. Pelo menos, fomos sinceros com nossos sentimentos e com os sentimentos da outra pessoa, demos o melhor de nós mesmos e tentamos proporcionar momentos de alegria e companheirismo. Se não quiseram aceitar? Não tem problema nenhum. Não é por isso que o mundo vai parar de funcionar. Não é por isso que você será mais triste. Não é por isso que você nunca mais vai encontrar outra pessoa especial na vida...

E o mais maravilhoso de tudo é que: tudo na vida é passageiro. O que era ontem, já não é mais hoje. A raiva e a tristeza de antes, agora, foram transformadas em aprendizado e lições para serem passadas pra outras pessoas. O que temos que guardar são os bons momentos, as risadas, os abraços, os beijos, os carinhos, o companheirismo e os pequenos detalhes que fazem da vida algo tão incrível e especial.
Temos que entender que essa vida é passageira, que temos que valorizar nossas famílias, nossos amigos, nossos colegas de trabalho e até aquelas pessoas que nem são tão legais assim. Nós nunca sabemos os problemas que elas enfrentam, quais são as suas dificuldades... Na maioria das vezes, simplesmente fechamos os olhos, julgamos (mal) e não tentamos fazer nada pra mudar seus dias... Quando, na verdade, um bom dia, um bombom, uma flor ou um abraço já poderiam ajudar (e MUITO). 

Depois de uma tarde inteira conversando, andando no shopping e dando risada com uma amiga (muitíssimo querida, por sinal), eu vos digo: aproveitem os pequenos momentos da vida, pois ela é finita e nunca sabemos quando ela irá acabar. Não foquem nos pensamentos e nas coisas negativas. Enxerguem sempre o lado positivo e bom das coisas, mesmo que seja difícil. Eu já aviso pra vocês que a vida ficará bem mais tranquila e leve quando todos aprendermos a agirmos assim...

E pra amiga que me aguentou o dia inteiro hoje: obrigada por ter compartilhado tanta coisa comigo. Com toda a certeza você me fez sair do dia de hoje uma pessoa muito melhor e consciente. Amo você <3



In another life, I would make you stay, so I don't have to say you were the one that got away

Férias é sinônimo de aproveitar pra fazer tudo o que você não tem tempo de fazer durante o período de trabalho (por falta de tempo ou por preguiça). Uma das minhas missões nessas férias foi fazer uma limpeza de pele decente. Lá estava eu, deitada na maca, com uma máscara no rosto, quando a esteticista puxou assunto:

- Você namora?

É impressionante como elas parecem saber o assunto que elas não devem puxar, né? Pensei um pouco antes de responder, mas fui sincera:

- Não, não namoro não.

A resposta é sempre a mesma. Impressionante. Parece que as pessoas combinam. 

- Eu não acredito nisso! O que uma menina bonita como você está fazendo sozinha?

Ok. Fico feliz com o elogio, mas será que só existo eu sozinha nesse mundo? Não é possível... Respiro fundo e respondo quase sem pensar:

- Ah, não achei alguém interessante. Sabe quando o santo não bate? Existem muitas pessoas legais, mas o coração não bate mais forte... - terminei a frase com uma careta que queria dizer "eu até tento, mas juro que está difícil..."

A resposta dela foi incrível e me deixou um pouco incrédula:

- Você está esperando alguém perfeito? Você está esperando o príncipe encantado chegar em um cavalo branco e com um buquê de rosas vermelhas na mão? Não existe príncipe encantado não... se você continuar esperando isso, você vai ficar sozinha o resto da vida.

A minha expressão deve ter sido de extremo horror, pois não tive nem tempo de responder e ela continuou a falar:

- Sim, é triste, mas é isso mesmo. Você acha que todos os casais são junções de almas gêmeas que se amam incondicionalmente? Não! Na maioria dos casos, são apenas duas pessoas que suportam a companhia uma da outra e que conseguem conviver bem com os defeitos alheios...

Eu comecei a formular uma resposta pra ela:

- Mas você concorda comigo que isso é uma enganação? Uma perda de tempo? Um gasto exagerado de energia? Nesses casos, é estampado que os relacionamentos não darão certo e que no futuro eles vão se separar... pra que continuar com uma relação que não traz boas perspectivas?

Ela ficou me olhando e puxou outro assunto como se tivesse desistido de conversar comigo sobre aquilo...
Mas eu não sosseguei não. Fico pensando em como duas pessoas podem conviver sem se amarem. Sem aquele frio na barriga. Sem aquela vontade de estarem juntos, de crescerem juntos, de construírem um futuro juntos... Deve ser a coisa mais frustante da vida. Deve ser aquela sensação de que a vida está sem sentido, sem uma perspectiva, sem um rumo...
Fiquei pensando em como as pessoas podem escolher viverem assim. As respostas que eu encontrei foram: 
1) Elas tem medo de terminar as suas relações vazias. Na minha opinião, o maior medo deve ser o de não encontrar outra pessoa e viverem sozinhas. Viver sozinho é um dos maiores medos das pessoas (o que também não faz muito sentido pra mim, mas tudo bem... Como você vai conhecer pessoas diferentes se você está presa a alguma outra?)
2) Elas não tiveram a oportunidade de conhecer alguém que realmente mexesse com os sentimentos delas. Que desse aquele frio na barriga só pelos olhares se encontrarem. Que desse saudade da presença da pessoa depois de 5 minutos de vocês se despedirem. Aquela pessoa que só a presença já é suficiente, mesmo sem falar ou fazer nada. Aquela pessoa que tem o abraço casa, que conforta e que traz paz pra sua alma...
3) Elas não percebem que estão vivendo dessa maneira. Elas simplesmente se acostumaram com a situação e vivem sem pensar sobre os sentimentos...

Espero que essas pessoas entendam que a vida é apenas uma, e que se elas não viverem agora, elas estarão perdendo a parte mais importante: encontrar alguém pra construir uma vida juntos...


(....)

Não gosto do que encanta, arranca o sorriso e depois vai embora. Eu amo sorrisos e risadas sinceras. Eu amo atenção sincera. Não gosto de atrapalhar e não gosto de terem que falar comigo só por obrigação. Peço para que, se for assim, é melhor que nem seja. Que termine logo. Que não continue me encantando. Se for pra dar errado, é melhor que suma, que saia devagarinho, sem fazer barulho, sem causar alarde, sem machucar o coração. 
Mas, se tiver que ser, eu espero o tempo que for preciso. Eu crio paciencia e coragem para encarar o desconhecido. Mas por favor, que seja algo. Que seja ou não seja. Não gosto das coisas inacabadas, das coisas não ditas, dos sonhos não concretizados. Se gosta, por favor, fale. Se não gosta, por favor, fale...

É bom ficar distante e ver você vivendo a sua vida sem a minha presença. No começo doeu, eu tenho que confessar... mas agora está mais leve, e eu finalmente entendi que mesmo que não tenha dado certo, isso não quer dizer que não tenha sido especial do nosso modo particular. Eu continuo escrevendo porque você ainda conversa comigo as vezes e quando isso acontece, as feridas se abrem um pouquinho. Fique despreocupado que elas estão secando. A casquinha já está quase toda formada. Depois, é só esperar pra cicatrizar totalmente. 
Até se abrirem novamente. Por outra pessoa, espero. Por alguém que toque meu coração da forma como você tocou. Por alguém que chacoalhe a minha vida do jeito que você fez. Por alguém que me provoque arrepios e frios na barriga só por nossos olhares se encontrarem. Por alguém que tenha essa sensibilidade que você tinha e não foi capaz de utilizar da forma correta...
Por outro lado, espero que você consiga se desprender dessas amarras que te prendem a essa relação obrigatória e abusiva. Que você entenda que sua felicidade é o mais importante, e que ninguém vai te consolar quando você errar pela primeira vez, apesar de todas as milhões de coisas corretas que você fez antes. 


Estou conhecendo gente nova. Conhecendo lugares novos. Conhecendo sensações nunca antes experimentadas. Arriscando. Me entregando. Vivendo. E a sensação no final disso tudo? Felicidade. Aquela plena sabe? Que faz a gente ter esperança na vida de novo. Que da vontade de viver e compartilhar isso tudo com alguém. O alguém está batendo na porta. Eu? Estou com a porta encostada, prontinha pra ser aberta pra felicidade finalmente entrar.....

Tudo de bom que você me fizer faz minha rima ficar mais rara...

Hoje é Domingo de Páscoa. Nada melhor do que voltar um pouquinho atrás e fazer algumas reflexões.

Faz um tempão que não passo por aqui. Não estava com vontade nenhuma de escrever... Tantas coisas conturbadas, coração a milhão, vida corrida, aquela vontade imensa de fazer tudo dar certo das maneiras erradas... Mas, o importante é: passou! O coração continua um pouquinho apertado, mas a vida anda se organizando melhor, não tenho mais a capacidade de fazer as coisas darem certo e as coisas estão se ajeitando sozinhas em seus devidos lugares...

1) Me sinto livre. Fiz o meu melhor. Tentei de todas as formas que eu consegui. Não deu certo. 
A melhor parte? Ficou bem entendido que as atitudes estavam erradas e que não dava mais pra continuar assim. Pra mim, não há nada mais eficiente que uma conversa clara e sincera. E foi isso que aconteceu na sexta-feira de Páscoa... Uma conversa que veio pra aliviar os danos das atitudes totalmente erradas. E aliviou! Como aliviou! Outra coisa fantástica é: eu não tenho mais poder sobre isso. E sabe o que isso significa? Eu não preciso fazer nada pra tentar dar certo. Tentei e não deu. Pronto. Aceitei isso (com um pouquinho de contrariedade, mas tudo bem!).

2) Não gosto de coisas que ficam no meio do caminho. Ou é ou não é. Se gosta, fique. Se não gosta, pode ir embora...
O fim de um ciclo é sempre doloroso, mas também é tão cheio de novas possibilidades... novas pessoas, novos sentimentos, novos lugares, novos pensamentos, novos projetos... 
Essa gama de possibilidades me deixa infinitamente feliz e com vontade de buscar o novo. Aquela "preguiça" deixa de existir e o fato de "sair da caixinha" é tão prazeroso... 
Ontem foi um dia desses: Ao mesmo tempo que estava sozinha, eu não estava. Estava livre (de corpo e alma) pra ir onde bem entendesse, sem tempo pra voltar, sem pressa de chegar. Pude fazer o que estava com vontade, o que achava que era certo ser feito. 
E é exatamente quando estamos assim, livres, leves, felizes, que encontramos pessoas boas ao nosso redor. Aquelas pessoas que chegam devagar, que vão fazendo lar dentro da gente, que não cobram nada, mas que estão sempre presentes...
O melhor de tudo é estar com o coração livre pra poder acomodar essas pessoas dentro da gente da melhor forma possível. Em meio as tempestades e aos arco-íris da vida... 
Espero que, cada vez mais, a vida coloque pessoas boas no meu caminho. Pessoas que se preocupem com a gente, que não nos machuque, que não nos engane e que esteja sempre presente, de corpo, alma e coração <3

3) Pra finalizar e cumprir com as promessas, eu disse que ia resumir um pouquinho do que tinha acontecido antes (fevereiro e março), então aqui está:

- Teve show da Anavitória (25/2): Foi um dos shows mais incríveis que já fui (vou falar isso pro do Foo Fighters também, mas as vibes são totalmente diferentes...). Que delícia estar rodeada de pessoas tranquilas, do bem, naquela vibe gostosa, romantica, calma, suave, feliz. Demorei muito pra criar "coragem" de ir, mas fui. E foi uma sensação incrível. Fiquei super pertinho do palco e consegui filmar quase todas as músicas. Elas são incríveis né? <3

- Teve show do Foo Fighters (28/2): Esse com toda a certeza foi o show internacional mais incrível que eu já fui. Além do show, o dia foi fantástico. Saí um pouquinho mais cedo do trabalho pra conseguir chegar em tempo no Alianz Parque e chegamos um poquinho antes de começar o show do Queens of The Stone Age. Pessoal estava bem desanimado no show deles, mas quando o FF entrou, o estádio foi à loucura. Eles ficaram tocando durante 2h30 sem parar um minuto. Valeu muito a pena cada centavo gasto <3

- Teve show do Guilherme Arantes (24/3): Esse foi mais recente, mas também não deixou de ser legal. Foi uma sensação totalmente diferente das outras, com um público bem mais velho e maduro. E além de tudo, deu pra tirar foto com ele. Que pessoa inteligente e incrível! 

Com toda a certeza teve muito mais coisas no meio do caminho, mas agora não me lembro...

4) Pra finalizar, li esse "texto" esses dias e achei que se encaixa certinho no que estou passando atualmente na vida. O autor é o "Frederico Elboni", uma pessoa incrível, super sensível e que escreve muito, mas muito bem: 

"De saudade em saudade, lembramos os erros que cometemos. 
Os erros que cometeram conosco. 
Ficamos na dúvida se perdemos amores que tinham tudo para ser lindos ou
 se eles perderam esse coração que tinha tudo para ser só deles. 
Um recomeço preciso? Um futuro perdido? Nunca vamos saber."